#28





Adormeço-me inteira. 
Partilho-me nos nós das tuas mãos e entrego-te, um a um, os fios de cabelo com
que teço os meus sonhos.
Toma-me. 
Tens-me de mãos abertas e olhos cerrados, os sonhos cerzidos na teia em que me prendes. 
Percorro-te na noite dentro de mim e amanheço-me nos teus lábios.
Vem, que a vida renasce agora.




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